O
primeiro passo para disputar uma vaga é saber preparar um bom currículo. A
falta de informação pode atrapalhar, mas o excesso também.
Fazer
um currículo não se resume a sentar diante do computador e escrever tudo o que
fez. Ele tem que ser atraente o suficiente para o empregador ter vontade de ler
até o final.
“Todo
currículo deve começar sempre com os dados pessoais: o nome, de forma bastante
evidente, depois idade, estado civil e nacionalidade. Se tem filhos, a pessoa
deve colocar que tem filhos. E os dados completos de residência, telefone e e-
mail, se tiver. Esses dados são essenciais”, orienta Ana Lúcia Biral, psicóloga
especialista em recursos humanos.
Logo
abaixo dos dados pessoais, vem o objetivo. Se a pessoa estiver procurando o
primeiro emprego, deve explicar neste espaço por que escolheu essa profissão.
“É
importante direcionar esse currículo para uma área específica, pelo menos. A
pessoa pode ainda não saber qual é o cargo que ela quer ocupar, mas tem que ter
em mente a área na qual ela acha que vai se dar bem”, explica Ana Lúcia.
Depois
você deve falar sobre suas habilidades; é importante, porque isso é o que vai
manter ou não o interesse de quem está lendo. Por isso é importante, discorrer
sobre as habilidades sem se prolongar.
Em
Porto Alegre, uma das maiores transportadoras do país recebe mais de 500
currículos recebidos por semana, e descarta pelo menos 15% logo na primeira
análise; são candidatos que apresentam um currículo mal estruturado e que não
atende às exigências da empresa.
A
analista de RH Priscila Bressan Nunes faz parte da equipe de seleção da empresa
e fala das falhas mais comuns. “Muitas vezes o currículo vem muito
desatualizado, sem informações sobre as últimas experiências ou sobre os
últimos anos daquele candidato”, explica. “Também descartamos os currículos que
chegam muito amassados, sujos ou muito rasurados. Eles não trazem uma boa
imagem do candidato para nós”.
Para
os candidatos que já tiveram muitos empregos, Priscila tem uma dica especial.
“Antes de encaminhar o currículo, eles devem procurar conhecer o negócio
daquela empresa e focar esses valores que são importantes para a empresa. Na
hora de escrever, ele deve destacar as experiências que sejam mais relevantes
para aquela oportunidade específica”, ensina.
Para
o candidato que não tem experiência profissional, a estratégia é outra. “O
caminho talvez seja focar em cursos que ele tenha realizado e habilidades ele
possa salientar no currículo, mesmo que essas habilidades nunca tenham sido
testadas. Iniciativa, interesse e facilidade de aprendizagem são sempre
relevantes para uma oportunidade de emprego”, diz a analista.
As
experiências no exterior também contam. Você tem que dizer se é fluente ou não
nos idiomas que fala. Não se esqueça: não minta sobre isso para não passar
vergonha na hora da entrevista.
Uma
breve carta de apresentação é bem-vinda. Quanto ao tamanho do currículo, uma
página é o ideal para quem está entrando no mercado de trabalho; já para quem
tem experiência, três são o limite.
Não mencione no currículo o
salário que você quer ganhar; não pega bem. Depois de ter feito um bom
currículo, certamente você será chamado para uma entrevista e aí sim terá a
chance de dizer quanto quer ganhar, pessoalmente.
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